Opinião
Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL
Juro que tentei permanecer de férias,Caça-níqueis de frutasSlots com rodadas grátis,Melhores bônus de caça-níqueis,Caça-níqueis populares,Caça-níqueis com recursos de bônus, mas as declarações do presidente Donald Trump ao lado do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometendo uma limpeza étnica em Gaza (sim, a aplicação do termo cai como uma luva) são muito ignóbeis para permanecer em silêncio.
"Nós assumiremos o controle." Ele propôs,rpg.bet,Jogos de cassino ao vivo,melhores caça-níqueis online, nesta terça (4),Caça-níqueis temáticos,rpg.bet, expulsar para o Egito e a Jordânia quase dois milhões de palestinos que moram no território destruído pela invasão israelense e criar no local uma "Riviera do Oriente Médio". Ou seja, defendeu tornar-se sócio de um crime de guerra para implementar o maior empreendimento imobiliário do mundo. Talvez até com condições especiais para a sua empresa,slots, a Trump Organization, erguer imóveis residenciais e comerciais,1xbet,jogos de caça-níqueis grátis,Slots com temática de aventura,jackpot world, hotéis,bbrbet,casino online, resorts e, claro, campos de golfe.
No caso de Gaza,Cassinos com pagamento rápido, a ameaça é mais palpável do que as ameaças contra a Dinamarca, uma vez vez que ele entraria em uma impensável guerra com a União Europeia se quisesse o controle da Groenlândia.
O que ele fez vai além do campo da bravata para gerar manchetes a fim de encobrir o fato de que não conseguirá melhorar a vida dos trabalhadores dos Estados Unidos no curto prazo ou mesmo para pressionar o Hamas a aceitar termos de rendição ao final do atual acordo de cessar-fogo.
Tampouco é uma solução salomônica do tipo "se vocês não conseguem chegar a um acordo, eu acabo com a brincadeira de vocês". Até porque a alternativa estúpida atropela décadas de negociação para uma solução duradoura que respeite a existência do Estado de Israel e crie um Estado da Palestina independente. Não aponta para o fim do conflito, pelo contrário: a intervenção direta vai fazer com que jihadistas pelo mundo gritem "eu avisei" e armem-se até os dentes.
As consequências de suas declarações vão muito além do Oriente Médio. Se uma superpotência pode chegar e avisar que pretende tomar um território que não é seu à revelia do povo que lá habita, como os Estados Unidos vão reclamar quando a China invadir Taiwan? Também são uma forma de chancelar a invasão da Ucrânia pela Rússia.
Na semana passada, Trump já havia trazido a ideia de jerico à tona quando defendeu "limpar a coisa toda", provocando orgasmos na ultradireita religiosa israelense e indignação do Egito e da Jordânia (que receberiam, à força, os quase dois milhões de refugiados), além de organismos internacionais e países cujos governos ainda mantém o bom senso.
"Eu não acho que as pessoas [os palestinos] deveriam voltar para Gaza", disse Trump. "Ouvi dizer que Gaza tem sido muito azarado para eles. Eles vivem como um inferno. Eles vivem como se estivessem vivendo no inferno. Gaza não é um lugar para as pessoas viverem, e a única razão pela qual elas querem voltar, e eu acredito fortemente nisso, é porque elas não têm alternativa." A questão é que o inferno foi criado pela invasão de seu aliado, Israel, após o 7 de outubro de 2023.
Naquele dia, um ataque terrorista do Hamas matou 1.139 pessoas em Israel, segundo dados do governo Netanyahu. Além de mais de 200 foram feitas reféns, que começaram a ser trocados por prisioneiros palestinos no cessar-fogo. A reação do governo de Israel foi no sentido de um genocídio, matando 61,7 mil pessoas, segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza controlado pelo Hamas.
Se o governo dos Estados Unidos quer ajudar o povo palestino, deveria implementar moradias provisórias no território e financiar a reconstrução rápida de Gaza. É o mínimo da decência, uma vez que foram com suas bombas e o seu respaldo que o governo Netanyahu tentou uma limpeza étnica. Mas o que vemos com Trump é o contrário, com Washington não apenas apoiando, mas avisando que vai tomar as rédeas do genocídio.
Se isso for levado adiante e o mundo não se rebelar, melhor transformar os prédios da ONU em shopping centers.